Jovem precisou levar 50 pontos no ferimento e ficará com cicatrizes para o resto da vida
Ella Dowling, de 19 anos, embarcou em um ônibus em Cheltenham, na Inglaterra, em 18 de novembro de 2023 com suas amigas. Ela relata que Darren Taylor, de 53 anos, começou a fazer comentários obscenos sobre sua aparência. Quando o ônibus chegou à última parada, Taylor atacou Ella, mordendo sua boca e nariz. O machucado precisou de 50 pontos. As informações são de reportagem do jornal britânico The Telegraph.
“Eu não conseguia gritar porque ele tinha meu lábio em sua boca, foi nojento”, disse ela. “Ele era estranho e ficava perguntando ‘Vocês meninas estão saindo?’. Quando dissemos para ele nos deixar em paz, ele começou a nos chamar de ‘lixo branco’ e a dizer que era um ‘gangster’. A dor era horrível e eu podia sentir o corpo dele todo tremendo – quando olhei para minhas roupas depois, elas estavam cobertas de sangue”, contou a estudante universitária ao jornal.
Jovem de 19 anos precisou de uma cirurgia de reconstrução no rosto e levou 50 pontos após ser atacada a mordidas por um homem dentro de um ônibus, em Cheltenham, no Reino Unido. Na imagem, Ella Dowling e o agressor Darren Taylor Foto: Reprodução/Daily Mail
Ella precisou fazer uma cirurgia de emergência. Além do ferimento no nariz, o lado direito de seu lábio também foi rasgado. Taylor foi preso e compareceu ao Tribunal da Coroa de Gloucester em março de 2024, onde admitiu culpa por lesão corporal grave intencional. Ele foi condenado a seis anos e nove meses de prisão em 18 de julho e recebeu uma ordem de restrição vitalícia.
Ella conta que não conseguiu se olhar no espelho por meses após o ataque.“A dor que senti quando ele afundou os dentes no meu rosto é algo que ficará comigo para sempre”, disse ela. “Ele parecia um cachorro com um brinquedo, balançando a cabeça de um lado para o outro. Coloquei minhas mãos na parte de trás da cabeça dele porque sabia que, se não fizesse isso, ele arrancaria completamente meu lábio e nariz”.
Trauma
A jovem diz que não conseguiu reconhecer a própria imagem após o ataque e não andou de ônibus desde então devido ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático. “Se eu saio de casa, tenho que estar ao telefone com minha mãe ou um amigo porque estou apavorada de ser atacada novamente.”
Ella também relata que ainda tem dificuldade para comer e beber no lado direito do rosto. A estudante diz que sorri e fala de forma diferente, “algo com que vou ter que aprender a viver pelo resto da minha vida”. Desde o ataque, Ella passou por um procedimento reconstrutivo, mas ficará com cicatrizes físicas para sempre.
“Comecei a universidade novamente este ano e espero que consiga continuar. Quero voltar a ser a pessoa alegre e extrovertida que eu era, mas vai levar tempo”, disse.
Por Estadão