O presidente Lula (PT) afirmou, em pronunciamento na TV neste domingo 28, não abrir mão da responsabilidade fiscal e criticou os governos anteriores, em referência a Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
O objetivo do discurso em rede nacional, segundo o petista, era “prestar contas a cada família brasileira”.
Ele exaltou o fato de o Brasil ter saído do Mapa da Fome da ONU durante as gestões do PT e lamentou o fato de que, desde então, “assistimos a uma enorme destruição no nosso País”.
“O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família, mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”, criticou. “Mas é sobre reconstrução e futuro que eu quero falar.”
Lula tornou a cutucar economistas que faziam previsões pessimistas sobre o crescimento da economia em 2023 e listou avanços conquistados em seu terceiro mandato, como a volta do aumento real do salário mínimo, a igualdade salarial entre homens e mulheres para o exercício da mesma função e a retomada de programas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, além do lançamento do Pé de Meia.
“Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho”, prosseguiu. “É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais.”
Lula ainda destacou o Novo PAC, o desempenho da Petrobras sob seu governo e a aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional, com grande empenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
No pronunciamento, o presidente defendeu aprofundar a transição energética e afirmou que o País recuperou o protagonismo internacional.
“O Brasil voltou ao mundo, e o mundo agora vai passar pelo Brasil. Em novembro vamos sediar a reunião de cúpula do G20, o grupo das economias mais importantes do mundo. Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.”
Por fim, Lula disse que faltam ao mundo “paz, solidariedade e humanismo”. “Estamos prontos para dar o exemplo de que aqui, no Brasil, a inclusão social, afraternidade, o respeito e o amor são capazes de vencer o ódio.”