O deputado da Rede aponta supostas práticas de desvio de finalidade e improbidade administrativa
O ex-secretário de Cultura Mario Frias. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE) pediu à Procuradoria-Geral da República que investigue seu colega Mário Frias (PL-SP) por desvio de finalidade e improbidade administrativa pelo suposto uso de verbas públicas para financiar um filme sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A representação tem como pano de fundo uma reportagem do Metrópoles que apontou o envio de quase 14 mil reais da cota parlamentar para uma produtora de Doriel Francisco, que dirige o filme A Colisão dos Destinos.
Os repasses iriam para a impressão de cerca de 36.100 folders, além de “produção e finalização de vídeos” que deveriam ser publicados nas redes sociais de Frias. O primeiro trailer da produção foi divulgado no último sábado 13 pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro em seu perfil no X (antigo Twitter).
No conteúdo, o parlamentar bolsonarista aparece como responsável pelo argumento do filme – isto é, pela estruturação da história a ser contada. Para Gadêlha, existem indícios de enriquecimento ilícito de terceiros e de incorporação de verbas públicas ao patrimônio particular sem que tenham sido respeitados os ritos legais.
“Ao direcionar esses recursos para a produção de um filme com finalidade de promoção pessoal e política, Mario Frias desviou os recursos para beneficiar diretamente um aliado político e a própria figura de Jair Bolsonaro, além da pessoa jurídica que recebeu as verbas ilícitas”, diz um trecho da representação.
Procurado pela reportagem, Frias ainda não respondeu. O espaço segue aberto.
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