A Promotoria Eleitoral de São Paulo se manifestou a favor do pedido da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) para identificar e suspender administradores e usuários de 55 grupos de WhatsApp. Esses grupos, segundo a defesa de Boulos, estariam disseminando fake news contra ele e o sistema eleitoral.
O documento, assinado na última segunda-feira 8 pelo promotor da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, Nelson dos Santos Pereira Júnior, afirma que “é nítido que os grupos que se pretende identificar tem caráter político e com claro propósito de disseminar desinformação“.
“A identificação de tais usuários, portanto, é medida que se impõe, inclusive para combater a desinformação”, defendeu.
Os grupos denunciados contam com nomes como “Brasil Conservador”, “Direita Gaúcha”, “E o povo que paga o salário dos políticos”,“Apoio Gabriel Monteiro”, “Patriotas do Brasil”, “Jovens Inconformados”, “Fechado com Bolsonaro” e “Bolsonaro 2026”.
A manifestação do Ministério Público acontece após o juiz Rodrigo Marzola Colombini, também da 2ª Zona Eleitoral, negar a liminar apresentada pela campanha de Boulos.
Segundo Colombini, o pedido do PSOL não se encaixaria em propaganda eleitoral antecipada e alega que as mensagens de WhatsApp são de “natureza privada”.