Primeiro Encontro Sinase: Responsabilidade de Todos vai reunir profissionais da saúde e de diversas áreas que lidam com adolescentes que estão em medida socioeducativa
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou, nesta terça-feira (4/6), o Primeiro Encontro Sinase: Responsabilidade de Todos, no auditório Carlos Vieira da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). O evento, em curso das 8h e 16h30, é uma parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Alego, Escola do Legislativo e Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo.
Com o tema Saúde na Socioeducação: do Universal ao Singular, o evento tem como uma das pautas centrais a saúde mental dos adolescentes. A temática saúde mental para o primeiro encontro foi escolhida diante do aumento de agravos em casos de saúde mental entre os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, com destaque para o cenário crítico na privação de liberdade, reforçando ainda a importância das medidas de controle e acompanhamento para essas pessoas.
“Isso nos permite garantir que essas medidas sejam eficazes e adequadas, dada a sua natureza especial e o contexto em que são aplicadas”, pondera a gerente de populações específicas da SES, Ana Maria Passos Soares.
A faixa etária para cumprimento de medida socioeducativa são adolescentes de 12 a 18 anos, e jovens de 18 a 21. Atualmente, Goiás tem sete Unidades de Internação: os Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Porangatu, Formosa, Itumbiara e Itaberaí.
A incidência de casos de hipermedicalização, lesão autoprovocada, tentativa de autoextermínio e suicídio consumado impõem uma demanda às instituições que compõem o sistema socioeducativo. Tais demandas precisam ser respondidas com o compromisso de dar tratamento adequado a esse quadro, que aponta para uma violação na garantia de assistência à saúde integral.
Para o evento, são esperadas cerca de 300 pessoas, entre profissionais e gestores de saúde, da área socioeducativa e assistência social, magistrados e servidores que atuam nas varas infracionais ou varas únicas, promotores e servidores da infância e juventude que atuam na área infracional, Defensoria Pública da Infância e Juventude, profissionais da Educação (Gerência de Populações Específicas), sociedade civil e conselhos de direitos, movimentos sociais de universidades que atuam com adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e egressos da Ordem dos Advogados do Brasil com atuação no interior.
Yara Galvão (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação setorial