Internacional
Como aconteceu no Brasil, ‘A Bíblia volta ao palácio’, diz presidente interina da Bolívia
“Foi consumado o golpe mais ardiloso e nefasto da história. Uma senadora de direita golpista se autoproclama presidente”, disse o exilado Morales.
Em sessão extraordinária no Parlamento nesta terça-feira (12), a senadora Jeanine Áñez se declarou presidente da Bolívia após apontar indefinição na linha sucessória.
Áñez entrou no local com uma Bíblia na mão e declarou a jornalistas: “A Bíblia volta ao palácio”.
“La Biblia vuelve a Palacio”, dice Jeanine Áñez. La senadora, quien se declaró presidenta de #Bolivia, se dirigió al antiguo Palacio de Gobierno levantando una Biblia.https://cnn.it/2CDYSfq
Um dia antes, o empresário Luis Camacho, um dos principais opositores do antigo governo de Evo Morales, já havia posado para uma foto no palácio do governo com uma Bíblia e uma bandeira boliviana.
Nesta terça, Camacho desejou “felicitações” a Jeanine como presidente interina do país da América do Sul.
Quiero expresar mis más sinceras felicitaciones a @JeanineAnez nueva presidenta del Estado Plurinacional de Bolivia.
Que Dios le de sabiduría para tomar decisiones correctas, y con ellas, dar al país la paz que tanto necesita.
¡QUE VIVA BOLIVIA!
Já no México, onde buscou asilo político, Morales voltou a usar a palavra “golpe” para se referir à sua saída do poder:
“Foi consumado o golpe mais ardiloso e nefasto da história. Uma senadora de direita golpista se autoproclama presidente do Senado e depois presidente interina da Bolívia sem quórum legislativo, rodeada de um grupo de cúmplices e protegida pelas Forças Armadas e pela polícia, que reprimem o povo.”
“Recebi muitas informações que afirmam que houve intervenção de governos estrangeiros aqui”, disse Piñera.
Sebastián Piñera, presidente do Chile, afirmou ter recebido informações sobre influência estrangeira nos protestos violentos que assolam o país, mas preferiu ser “prudente” a esse respeito.
Em entrevista ao jornal espanhol El País, Piñera disse que os grupos por trás dos protestos são de “diferentes origens”:
“Acredito que hoje há algo novo, diferente do que tínhamos há um mês, mas preciso de evidências para poder afirmar.”
Embora ainda não tenha evidências suficientes sobre a suposta influência estrangeira nos protestos, Piñera disse que não descarta nada:
“Recebi muitas informações, algumas de origem externa, que afirmam que houve intervenção de governos estrangeiros aqui.”
E acrescentou:
“Mas quero ser prudente, entregamos essas informações ao Ministério Público, que é aquele que, por mandato da lei, deve investigar crimes no Chile.”
Ex-estrategista-chefe da Casa Branca diz que a liberdade de Lula trará “enorme perturbação” ao Brasil.
Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca, classificou o condenado e ex-presidente Lula da Silva (PT) de “cínico e corrupto”.
Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, Bannon afirma que o petista foi corrompido pelo poder e sugere que seu retorno ao poder significaria a “volta da corrupção” ao Brasil.
Bannon, que é visto como um dos principais articuladores da direita internacional, classificou Lula como “o maior ídolo da esquerda globalista do mundo” desde a saída de Barack Obama do governo dos Estados Unidos, e afirma que sua volta às ruas trará “enorme perturbação política ao Brasil”.
“Agora que está livre, Lula vai virar um imã para a esquerda global se intrometer na política brasileira. Ele é o ‘poster boy da esquerda globalista’”, disse Bannon.
Para o norte-americano, a liberdade de Lula pode ajudar a consolidar a base de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro, em torno da aprovação de reformas, ao mesmo tempo em que pode unificar a esquerda em torno do ex-presidente.
“Mas não ache que isso não vá vir sem um preço”, alertou Bannon, ainda de acordo com a entrevista concedida à emissora britânica BBC.
Morales renunciou na tarde deste domingo (10) ao seu mandato presidencial.
Evo Morales renuncia ao cargo de presidente da Bolívia após o comandante das Forças Armadas sugerir que ele abandonasse o cargo para pacificar o país.
Em anúncio em rede nacional, na tarde deste domingo (10), o comandante das Forças Armadas da Bolívia, general Williams Kaliman, pediu a Morales para renunciar ao seu quarto mandato presidencial.
Logo após a declaração do comandante, o avião presidencial decolou do Aeroporto Internacional de El Alto, em La Paz.
Na manhã de hoje, a Organização dos Estados Americanos (OEA) revelou que foram encontradas inúmeras irregularidades nas eleições de 20 de outubro.
Morales até tentou convocar novas eleições, mas a movimentação não impediu pedidos de demissão de vários ministros e senadores, o que gerou sua renúncia no fim da tarde deste domingo (10).
“Estamos assistindo a uma transição do Brasil para um ambiente incrivelmente amigável para investidores”, disse empresário árabe.
Waleed Al Muhairi, vice-presidente executivo do grupo Mubadala, disse que o fundo bilionário pretende elevar seus investimentos no Brasil na próxima década.
Mubadala é um dos dois grandes fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos, país do Oriente Médio que recebeu o presidente da República, Jair Bolsonaro, nos últimos dias.
Atualmente, a Mubadala Capital — braço gestor para o fundo e terceiros — administra no Brasil cerca de R$ 8 bilhões investidos em portos, estradas, mineração, imóveis e entretenimento.
O anúncio da elevação dos investimentos foi feito durante painel que discutiu a possibilidade de os Emirados serem uma porta de entrada para o acesso do Brasil ao mercado regional e oportunidades de infraestrutura, neste domingo (27), em Abu Dhabi, segundo o jornal Gaúcha ZH.
Segundo o executivo Al Muhairi, o fundo soberano está com apetite para grandes negócios:
“Queremos ter uma exposição maior à economia brasileira. Se virmos algo de interessante, vamos estudar e levar adiante.”
Ele acrescentou:
“Estamos assistindo a uma transição do Brasil para um ambiente incrivelmente amigável para investidores, e isso nos anima muito.”
“Nós [militares] somos um grande obstáculo para o socialismo, nós das Forças Armadas”, disse Bolsonaro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, iniciou o giro pelo Oriente Médio, neste sábado (26), com a intenção de ir às compras para modernizar as Forças Armadas do Brasil.
Em entrevista após participar de cerimônia militar de homenagem aos mártires dos Emirados Árabes Unidos, Bolsonaro falou sobre o principal motivo da sua viagem ao país:
“Armamentos. Basicamente, é isso aí. Meios de se defender. Ninguém quer um Brasil extremamente belicoso, mas devemos ter o mínimo de dissuasão.”
E, segundo o site Metrópoles, acrescentou:
“Desde o governo Fernando Henrique Cardoso [1995 a 2003], a defesa foi deixada no segundo plano. Por quê? Nós [militares] somos um grande obstáculo para o socialismo, nós das Forças Armadas. Por isso interessava quebrar nossa espinha dorsal, nos tornar inoperantes.”
“Eles aprenderam a navegar o carro de formas únicas e se engajaram em padrões de direção”, disse a pesquisadora Lambert.
Cientistas da Universidade de Richmond, em Virgínia, nos Estados Unidos, desenvolveram veículos especiais para ensinar ratos a pilotá-los.
Em conversa com a revista New Scientist, a neurocientista Kelly Lambert, idealizadora do experimento, declarou:
“Eles aprenderam a navegar o carro de formas únicas e se engajaram em padrões de direção que nunca tinham usado para chegar à recompensa.
A pesquisa foi publicada na última quarta-feira (16) no Behavioural Brain Research aponta que os ratos esbanjam a chamada “neuroplasticidade”, isto é, seus cérebros se adaptam e respondem bem a novos desafios.
Desde que assumiu o governo, Vizcarra ganhou popularidade por conduzir uma cruzada contra a corrupção.
Após a dissolução do Congresso, dominado por uma oposição obstrucionista, a popularidade do presidente do Peru, Martín Vizcarra, alcançou os 79% neste mês de outubro.
O nível atual é 31% superior ao do mês anterior, revela uma pesquisa da Ipsos divulgada pela imprensa local neste domingo (13).
Apenas 16% dos entrevistados pela Ipsos desaprovam a medida tomada em 30 de setembro pelo presidente do Peru, e 5% preferem não opinar, informa a revista ISTOÉ.
Ainda de acordo com a pesquisa nacional realizada de 9 a 11 de outubro em um universo de 1.203 entrevistados, 85% aprovam a dissolução do congresso e afirmam estar em conformidade com a Constituição, 13% desaprovam, enquanto 2% não especificam.
“Os Estados Unidos […] defendem Jair Bolsonaro”, escreveu Trump no Twitter.

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira (10), que segue apoiando a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em postagem no Twitter, Trump classificou como “fake news” uma matéria da agência Bloomberg intitulada “EUA rejeitam candidatura do Brasil à OCDE após endosso público”.
O chefe da Casa Branca acrescentou:
“A declaração conjunta divulgada com o presidente Bolsonaro em março deixa absolutamente claro que apoio o Brasil no início do processo de adesão plena à OCDE. Os Estados Unidos defendem essa declaração e defendem Jair Bolsonaro.”
Um pouco antes, o chanceler norte-americano, Mike Pompeo, negou que os Estados Unidos haviam retirado seu apoio ao Brasil:
“Somos entusiastas apoiadores do ingresso do Brasil nessa importante instituição, e os Estados Unidos vão fazer um forte esforço para apoiar o acesso do Brasil.”
Atualmente, na América Latina, apenas Chile e México integram este grupo de países industrializados e em desenvolvimento com práticas pró-mercado.